isidoroSomar esforços para superar dificuldades”. Seguindo esse lema, várias iniciativas ligadas ao cooperativismo surgiram no início do século 20 em nosso país. Essas entidades prosperaram durante um período, ajudaram os agricultores, disseminaram conhecimentos, facilitaram a comercialização e expandiram as fronteiras produtivas. Embora saibamos que as duas maiores cooperativas fundadas pelos japoneses cerraram suas portas ainda no século passado, não quer dizer que o associativismo tenha fracassado. Existem atualmente 22 cooperativas agrícolas fundadas por nipo-brasileiros, e para elas, o modelo tem funcionado satisfatoriamente.
O engenheiro agrônomo Isidoro Yamanaka, que atuou no intercâmbio agrícola entre o Brasil e o Japão, trabalhando no Ministério da Agricultura, onde coordenou o desenvolvimento do cerrado e sua irrigação, defende a idéia de que o associativismo pode e deve ajudar o agricultor a se enriquecer, desde que tenha um foco bem definido e buscando, na medida do possível, o mercado externo. “Sozinho, o pequeno agricultor não tem poder de negociação e nem será atendido pelas autoridades, mas em grupo, a força é bem maior”, explica o engenheiro.
Na palestra que ministrará em Mogi das Cruzes, Isidoro Yamanaka pretende falar também de um outro ponto importante: a maneira de raciocinar. “Atualmente, o agricultor investe e cultiva, e depois, vai tentar vender, só que muitas vezes, o preço acaba não compensando. Seria melhor se ele não tivesse plantado aquele determinado produto. Esse modelo de negócio é arriscado demais para o produtor. Primeiro, deveria procurar o comprador, saber o quanto ele precisa de um produto, firmar o quanto ele pagará, e aí ver o quanto precisa ser produzido”, explica Isidoro.

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